Além do racismo de alguns torcedores do Racing, os torcedores vascaínos passaram por momentos complicados por conta de ações truculentas de policiais em Avellaneda. O jornalista cruzmaltino Roberto Junior, de 24 anos, contou momentos de tensão vividos pelos brasileiros antes da goleada sofrida pelo clube carioca na Libertadores.
"Antes dos atos de racismo, a maior hostilidade que passamos foi com a Polícia. Já fiz algumas viagens pelo Brasil e nunca vi coisas parecidas. Os policiais colocaram a gente virado de costas para fazer a revista, depois pediram para tirarmos os calçados e a gente só recolocou depois. Tentávamos nos calçar depois da revista e eles não deixaram", afirmou.
Além da atitude agressiva dos policiais, Roberto relatou que alguns vascaínos acabaram sendo impedidos de entrar no estádio com objetos simples como câmeras fotográficas. Segundo o torcedor, os brasileiros tiveram que se desfazer dos pertences.
"Além disso não deixaram a gente entrar com câmeras, por exemplo. Só com a chave, celular e dinheiro. Algumas pessoas tiveram que abandonar as suas coisas fora do estádio, por conta disso. Não havia lugares para deixarmos os objetos", finalizou.