O técnico do Vasco, Alfredo Sampaio, nega que já tenha sofrido qualquer imposição do presidente Eurico Miranda para escalar algum jogador.
No dia 6 de fevereiro, antes da partida contra o Friburguense, o então técnico e treinador Romário deixou o Vasco após o dirigente ter bancado a escalação do atacante Alan Kardec no lugar de Abuda, jogador que o Baixinho tinha relacionado entre os titulares.
Confira abaixo a transcrição do que Alfredo Sampaio, na época auxiliar-técnico de Romário, disse ao programa "Arena SporTV":
"Não existe essa imposição. Criou-se essa situação com relação ao presidente do Vasco. Até então, o período que estou no Vasco, não houve nenhum momento de interferência. Existe, dentro do Vasco, uma forma de se agir, de conduta da comissão técnica com a direção de futebol e o comando do clube. Criou-se essa coisa que o presidente impõe. Claro que ele tem o comando do clube, as opiniões dele, a satisfação, coloca o que ele entende também, mas de uma forma respeitosa, de diálogo. Aquele caso foi pontual, pelo menos até a minha passagem lá. Aquilo acabou sendo um mal entendido porque o Alan Kardec não seria barrado. Ele sairia naquele jogo porque a gente estava preocupado com a torcida, para preservar. Houve um entendimento que ele deveria seguir independente disso e não poupar. O Romário entendeu de uma forma que seria uma interferência e não aceitou. Mas não há essa choque. Hoje, o futebol é o nosso principal esporte, um esporte propriamente dito, mas engloba muitas outras coisas. O clube tem que preservar esses investimentos, ter o cuidado, porque é o patrimônio que ele tem. Não é que esse vai dar dinheiro ou aquele não vai. Não é uma coisa fria assim. É você ter a sensibilidade de saber que todos aqueles ali fazem parte de um projeto, investimento do clube. Se um ou outro no momento oferece uma possibilidade maior de dar uma exposição maior e consequentemente trazer benefícios para o atleta, clube e todo mundo, você tem que ter essa sensibilidade. Esse é o meu entendimento".