Bastaram três anos de carreira para que Chad Mendes subisse a escada do sucesso dentro do MMA. A um degrau do título dos penas e prestes a fazer a luta mais importante de sua vida, contra o brasileiro José Aldo, no UFC 142, no Rio, o californiano, de 26 anos, ainda não sabe o que é derrota (11 vitórias na carreira) e, talvez por isso, ainda não tenha se situado entre a realidade e o imaginário.
Eu mal consigo acreditar que há três anos estava competindo no Colegial e agora estou na principal luta de um UFC, lutando pelo título. Foi um crescimento rápido e estou aproveitando cada momento, revela o americano.
Sonho parece ser a palavra chave na vida do desafiante de Aldo. Em seu Twitter, Chad traz como descrição justamente a frase vivendo o sonho, o que para o lutador se trata apenas do prazer da rotina. Somente lutar e fazer o que faço todo dia é viver meu sonho. Eu encontro meus amigos todos os dias na academia, eu viajo todo o mundo, agora estou no Rio. Posso ir a qualquer lugar, pois a luta me leva. Isso tudo faz parte de viver meu sonho, inclusive vir para o Rio, diz.
Apesar de considerar a visita à Cidade Maravilhosa um fato positivo, Chad não terá vida fácil por aqui. Na verdade, o americano pode enfrentar vaias maiores do que o de costume para os estrangeiros. Isso porque, meses antes da luta, vestiu camisa do Vasco e comprou briga com a maior torcida do País, a do Flamengo clube para o qual José Aldo torce.
Eu não queria que isso acontecesse. Essa rivalidade entre Vasco e Flamengo não era algo que eu conhecia. A luta é com o José Aldo. Meu treinador é um grande torcedor do Vasco e nós assistimos a alguns jogos juntos, mas eu nunca fui um fã do Vasco. Mas, se a torcida do Vasco estiver do meu lado contra o José Aldo, será ótimo, avalia o lutador.
Caso chegue ao auge de seu sonho, Chad Mendes já sabe inclusive o que fazer após se tornar campeão mundial: ir para o México com a mulher e passar dias pescando, um de seus hobbies. Questionado se José Aldo não seria um grande peixe para ser capturado, o americano concorda, mas não hesita: Eu vou pegá-lo. Ele e o cinturão. Esse é meu objetivo.