Se para os mais jovens a saudade do Maracanã é grande, imagina para quem frequenta o local há mais de 45 anos. Esse é o caso de seu Gilberto Durval, de 64 anos, que, na semana de aniversário do estádio, lembrou no Bom Dia Rio momentos marcantes torcendo pelo Vasco.
A história dele com o Maracanã vem desde os 17 anos, quando, mesmo sem dinheiro para entrar no estádio, pegava o trem para tentar uma chance de ver o Vasco:
- Eu frequento o Maracanã desde os 17 anos. Pegava o trem aqui onde eu moro, no Jacarezinho. Eu e o pessoal vascaíno, tricolor, alvinegro, rubro-negro, tudo junto. Tinha vezes que não tínhamos dinheiro e ficávamos esperando os funcionários abrirem os portões no segundo tempo para entrarmos. A geral era uma coisa muito gostosa. As torcidas rivais ficavam juntas no meio-campo e sem xingamentos.
Mesmo fã de Roberto Dinamite, Alcir Portela, Zé Mario, Luiz Carlos e Orlando Lelé, Gilberto cita um jogo bem recente como um dos mais marcantes.
- Eu tenho um jogo em 2015... Vasco e Botafogo. Vasco campeão com Doriva, o Doriva era o técnico. Eu não estava aguentando não. Aí eu nervoso... Foi o gol do Gilberto. O Botafogo empatou, o Gilberto foi, 2 a 1. Aí a garota do meu lado disse: “o coração tá acelerado”. Eu só fiquei calmo quando o juiz apitou o final - recordou.
Por essa e por outras que Gilberto não vê a hora de poder retornar ao Maracanã para acompanhar de perto seu time do coração.
- É muita saudade, chegar no Maracanã e ver aquela galera gritando. Meu clube, meu clube de coração. Muita saudade mesmo. Mas essa pandemia vai passar e estaremos lá gritando o nome do nosso Vascão. Porque aqui é Vasco, muito Vasco. Por isso aqui eu choro, choro de alegria. Eu me emociono muito porque eu amo esse time. Eu sou Vasco - finalizou.