Presidente do Vasco, Alexandre Campello esteve junto com o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, na reunião com o Presidente da República, Jair Bolsonaro, na última terça-feira (19), e compartilha de um pensamento parecido com o do dirigente rubro-negro sobre a volta aos treinos. Porém, diferentemente do rival, que já retornou às atividades, mesmo sem a liberação das autoridades, o mandatário vascaíno prefere aguardar o sinal verde dos governantes para determinar o reinício dos treinamentos no Cruz-Maltino.
Com a iminência de que isso aconteça, o Vasco tem tudo preparado - no que entende ser seguro - para receber seus atletas. Ontem (22), por exemplo, o clube testou para o Covid-19 jogadores, familiares, pessoas que trabalham para os atletas e funcionários do departamento de futebol no CT do Almirante. Neste procedimento o Cruz-Maltino já se ancorou no chamado "Jogo Seguro", protocolo onde o diretor-médico vascaíno, Marcos Teixeira, foi um dos integrantes do comitê elaborador.
Uma vez com os treinos liberados, o Vasco pretende seguir à risca o documento. As atividades acontecerão em São Januário e os atletas precisarão cumprir uma série de normas:
- Obrigatoriedade de ir com seu próprio veículo
- Chegar já trajado com uniforme de treino
- Hidratação e suplementação exclusiva do atleta
- Vaga no estacionamento definida para cada atleta
- Triagem para aferir temperatura e constatar se há qualquer sintoma respiratório
- Local pré-determinado no campo para treinar
- Distanciamento para realização de treinamento individualizado
- Pós-treino direto para o carro e volta para a casa com o uniforme
- Vestiários e ambientes coletivos internos fechados.
Amanhã (24) à tarde, o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), se reunirá com os presidentes dos clubes cariocas para debater o retorno dos treinamentos e há a expectativa de que ele seja liberado, cabendo às próprias equipes decidirem se realizarão as atividades ou não. Botafogo e Fluminense, por exemplo, já se mostraram contrários à volta e não irão comparecer ao encontro.
E os funcionários que não tiverem carro? O UOL Esporte conversou com pessoas ligadas ao Vasco para saber como será o procedimento com os funcionários envolvidos no dia a dia dos treinamentos. Um dos pontos de maior dúvida foi na questão dos colaboradores que não têm carro e precisam do transporte público para chegar ao trabalho. A reportagem questionou se os funcionários que não possuem veículo particular entrarão no chamado "grupo de risco" e serão impedidos de trabalhar pela exposição ao vírus no trajeto, mas foi respondido que não, que eles apenas não terão contato com os jogadores.
Jogadores querem voltar? Com até quatro meses de salários atrasados, a maioria dos jogadores não simpatiza com a ideia de um retorno aos treinamentos agora. No entanto, ainda não há um posicionamento oficial por parte deles e nada foi passado à diretoria.