Vasco aposta na torcida para ajustar finanças de 2009. Sócio-torcedor sai em

O Conselho Deliberativo do Vasco vota hoje uma proposta orçamentária para 2009 que, no papel, traça um panorama otimista.

Mas a própria diretoria admite que a execução não será fácil. O clube planejou arrecadação de R$ 59 milhões, o mesmo que imaginava receber caso não fosse rebaixado. Para compensar perdas com a ida para a Série B, aposta no torcedor.

As dificuldades são enormes. A previsão de arrecadação leva em conta os R$ 15 milhões de TV aberta a que o clube teria direito na Segunda Divisão — se ficasse na Série A seriam R$ 30 milhões.

Mas as cotas até julho de 2009 foram antecipadas e resta só um resíduo, já que o cálculo de tais antecipações foi baseado nos valores do contrato da Série A.

Para completar, o clube lança em janeiro o Projeto Sócio Torcedor, que já nasce ambicioso. A meta é arrecadar R$ 2,5 milhões em 2009, mais do que o triplo da atual arrecadação social. A aposta no apoio do torcedor no ano da luta pela volta à elite vai além.

Atrás apenas dos R$ 14 milhões do contrato com a Eletrobrás, o clube espera que a bilheteria seja sua segunda maior fonte de receita e atinja R$ 9 milhões. Da Champs, o clube receberá R$ 6 milhões. O Vasco renegocia, ainda, o patrocínio da manga da camisa com a Habib’s, e tenta elevá-lo a R$ 4 milhões anuais.

Um bom início de ano no Estadual é tido como fundamental para mobilizar a torcida.

— O equilíbrio financeiro talvez só venha após julho. Mas podemos ser âncoras da Série B — diz José Hamílton Mandarino, vice de finanças.

Para isto, o marketing do clube espera negociar em separado a transmissão dos jogos na Série B em TV aberta, o que viabiliza, por exemplo, verbas de publicidade estática. Receitas de Payperview e vendas de jogadores completam o orçamento. Mas o nível de gastos é um problema.

— É surpreendente a previsão de superávit de R$ 6 milhões. Não vai ocorrer — contesta José Henrique Coelho, vice de marketing, lembrando que, nos últimos seis meses, houve déficit mensal de R$ 3 milhões.

Ontem, Léo Lima assinou contrato por um ano e o zagueiro Vílson renovou. Já o lateral Ulisses deve chegar em janeiro, ao fim do vínculo com o Fluminense.

O zagueiro Rodrigo Antônio surpreendeu e acertou com o Marítimo, de Portugal. Enquanto negociava a renovação, pediu o passaporte ao Vasco alegando que viajaria com a esposa. Em Santiago, o atacante Pinilla se envolveu em briga ao sair de uma boate. Ele teria provocado o meia Jimenez, da Inter de Milão, e sido agredido.