O Vasco avança pelo mês de outubro com uma marca angustiante para funcionários e jogadores: a três meses do fim do ano, o clube deve até quatro folhas salariais, levando-se em consideração o fechamento até o quinto dia útil do mês seguinte. E apesar das promessas feitas pela diretoria, ela segue sem saber quando poderá quitar as pendências.
Quem recebe menos de R$ 1,5 mil tem um mês a menos de dívida para receber (julho, agosto e setembro). Já quem tem um ordenado maior do que isso também não recebeu referente a junho.
Os jogadores também estão com três meses atrasados. Com isso, quem quiser já pode entrar na Justiça do Trabalho para ir embora do clube. A dívida nos direitos de imagem chegou a cinco meses. Entretanto, essa é considerada uma hipótese pouco provável no clube.
O técnico Vanderlei Luxemburgo é quem tem administrado a questão dentro do vestiário, ao lado do diretor de futebol André Mazzuco. O desempenho da equipe no Brasileiro, fora da zona de rebaixamento e ocasionalmente dentro da zona de classificação para a Sul-Americana sinalizam que o problema não tem afetado o desempenho do grupo.
Algumas manifestações internas de descontentamento já foram feitas, entretanto. A falta de uma negociação de jogador na última janela de transferências pesa para os cofres vazios. Desde junho que a diretoria tenta obter um empréstimo de R$ 20 milhões para o acerto dos pagamentos, sem sucesso. O último pagamento ocorreu graças à ajuda de Carlos Leite, que emprestou dinheiro ao clube.