O Vasco fez o seu último jogo como mandante nesta temporada no empate em 2 a 2 com o Remo, em São Januário. Assim como no duelo contra o Vila Nova-GO no começo da semana, o técnico interino Fábio Cortez não deu muito espaço aos atletas da base. Ao ser questionado sobre o assunto na coletiva pós-jogo, ele explicou o motivo de optar por tal decisão nesta reta final da Série B: a forte pressão dos torcedores.
“Já sabíamos da insatisfação da torcida por conta do momento complicado. Precisamos de um jogador para dar um suporte mais experiente e que não liga para vaias. Os torcedores já vieram xingando no aquecimento. O Pec nem entrou e já estava sendo xingado. Resolvemos mesclar para dar oportunidade aos jovens. Com um jogo mais aberto, sabia que poderíamos ter um desempenho melhor do que no começo do jogo”, justificou.
“É uma tristeza sem tamanho. O torcedor está no direito dele, não tem problema. Fizemos um ano ruim, triste, mas se formos analisar, na maioria dos jogos, tivemos algumas coisas complicadas: bola desviando em jogador, erro técnico, por aí”, complementou.
O Cruz-Maltino, que saiu derrotado no intervalo por 2 a 1, melhorou na etapa final e buscou a igualdade no placar depois das entradas de Gabriel Pec e Caio Lopes.
“Mostramos muito empenho, humildade e vontade de um proteger o outro nos últimos dois jogos. Agradeço aos jogadores, que honraram o clube mesmo sendo vaiados no aquecimento, sem chance de poder mostrar que estão virando a chave. Temos outro jogo e é honrar a camisa do Vasco mais uma vez. Esperar o próximo ano, estou certo de que o Vasco voltará ao lugar de onde não merece sair. Conheço todos esses garotos desde os oito, nove anos de idade. Sei do amor que têm à camisa, mas ainda estão completando a formação. Precisamos apoiar, e, depois, se não der certo, cobrar”, encerrou.