O Atlético-MG não está disposto a pagar a aquisição do atacante Marrony à vista ao Vasco. Os clubes até chegaram a um consenso quanto às cifras — cerca de 3,5 milhões de euros (R$ 19,45 milhões na cotação atual) —, mas divergem na forma de pagamento. Sem aval dos investidores para desembolsar o valor integral, os mineiros tentam um parcelamento, o que adiou o desfecho das tratativas, inicialmente esperado para a última segunda-feira (8).
A ideia é diluir as prestações ao longo dos anos e evitar onerar o orçamento de 2020, já prejudicado por causa da pandemia do novo coronavírus. Os cariocas fazem jogo duro devido à necessidade de aumentar o caixa durante a crise financeira — são três meses de salários atrasados e oito sem pagar direitos de imagem ao elenco. Há até o receio de perder o atleta na Justiça do Trabalho. No entanto, sem poder de barganha, tendem a recuar nas conversas.
Aliado à saúde financeira do Cruz-Maltino está o desejo de mudança do estafe do jogador. Os representantes de Marrony já sinalizaram com a intenção de se mudar para a Cidade do Galo. Eles, inclusive, deram aval à diretoria atleticana para um negócio no mercado da bola. Há um acordo sobre bases salariais e tempo de contrato na capital mineira.
As negociações entre Vasco e Atlético se iniciaram na última semana a pedido de Jorge Sampaoli. O técnico argentino foi quem indicou o jogador de 21 anos ao departamento de futebol antes mesmo de assinar contrato por dois anos com o clube mineiro.
A primeira oferta do Galo foi de cerca de 3 milhões de euros (R$ 16,67 milhões). O Vasco fez uma contraproposta de 4 milhões de euros (R$ 22,23 milhões). As partes conversaram e chegaram a um acordo entre os dois valores.