Não anda nada boa a relação entre Flamengo e Governo do Estado no diálogo sobre a nova concessão do Maracanã. E isso tem a ver com a aproximação do Vasco e da 777 Partners junto ao governador Cláudio Castro. A batalha de bastidores promete esquentar até a definição sobre o adiamento do edital.
O clube rubro-negro acredita que vem do rival a pressão pelo atraso e atribui esse possível convencimento à política feita pelo vice-geral do Vasco, Carlos Osório, com o vice da pasta de Castro, o prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis, vascaíno declarado.
Recentemente, o governador recebeu comitiva do Vasco com o presidente Jorge Salgado, membros da 777 e foi acolhedor com as demandas do clube, que também quer participar do edital, mesmo já tendo São Januário. O Flamengo contesta uma série de pontos do novo edital e vai apresentar proposta até 27 de outubro, enquanto trabalha a frente do estádio próprio para o futuro.
O Flamengo também não vê com bons olhos a ideia prevista no edital para o uso do Maracanã pelos quatro clubes grandes do Rio, e entende que sustentaria a manutenção do estádio com seu maior público e beneficiaria o Governo do Estado sem ter a contrapartida da autonomia da gestão do patrimônio. Sem contar os possíveis danos ao gramado pelo excesso de jogos.
O Vasco planeja a aproximação política para tentar mandar jogos no Maracanã ainda durante a Série B, e tem pretensões de utilizar o estádio após nova concessão, de forma esporádica. Por isso, seguirá cobrando do Estado e de Flamengo e Fluminense que outros clubes possam usufruir do palco, como consta no atual edital e está previsto para constar no próximo.