Vasco emite nota oficial justificando apoio ao Campeonato Carioca

Entenda o apoio do Vasco ao Campeonato do Rio 

Nos últimos dois anos, vários segmentos, entre eles emissoras sem direito de transmissão, colunistas da mídia e alguns clubes incomodados politicamente, retomaram uma campanha contra o Campeonato Estadual do Rio. O Vasco sempre se manteve na defesa do torneio e tem inúmeras razões para isso. Infelizmente, quase nunca a mídia abre espaço para ouvir o nosso lado e apresenta posições fechadas contra o torneio. Isso acontece em linha com o pensamento de um clube que, sempre que não pode mandar sozinho, questiona as instituições. 

Vamos aos fatos: 

1 – Começamos por reproduzir o artigo apresentado no Blog Teoria dos Jogos, que mostra o Campeonato do Rio como o de maior alcance da TV aberta, principal instrumento de transmissão em todo o território nacional e, ainda hoje, de muito maior penetração que a TV por assinatura. 

O Mapa do Televisionamento dos Estaduais 2016 

Alguns anos após introduzir este conceito no cenário econômico e futebolístico, o Blog Teoria dos Jogos retoma seu mapa do televisionamento do estaduais, versão 2016. Trata-se de um levantamento acerca dos estaduais que são veiculados, detalhando para onde e qual percentual do PIB e da população cada um está exposto. Os números se referem apenas à TV aberta e à divisão de praças da Globo, detentora dos direitos de transmissão. A Bandeirantes, emissora licenciada, obedece às regras impostas por aquela, gerando um alinhamento na maioria dos estados. 

Antes de trazermos os números, alguns esclarecimentos se fazem necessários. Estamos diante de um levantamento que foi "facilitado" ao longo dos anos, dada a simplificação na distribuição dos estaduais. Anteriormente, praças que não possuíam certames próprios se dividiam entre os do Rio e de São Paulo – com larga vantagem para os primeiros. Nos últimos anos, o Paulistão deixou de ser veiculado para lugares como Tocantins (que se voltou ao Rio), Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (estaduais próprios). 

Mas as baixas não são exclusividade do Campeonato Paulista. A última "dissidência" verificada se deu em Alagoas, há dois anos, quando o Campeonato Alagoano passou a ser assistido em detrimento do Carioca. Também ocorrem exceções, como no fim de semana em que a Globo Brasília optou por receber o sinal de São Paulo. Ainda assim, a hegemonia do Rio é incomparável: enquanto quinze unidades federativas alinham consigo, o Paulista hoje é visto apenas em seu estado de origem. Equiparando-o a outros onze torneios: Mineiro, Baiano, Gaúcho, Paranaense, Pernambucano, Cearense, Catarinense, Goiano, Alagoano, Mato-Grossense e Sul Mato-Grossense. 

Feitas às ressalvas, vamos aos números: 

2 - O Campeonato Estadual do Rio é acompanhado em estados que somam 60 milhões de brasileiros. Estes estados, junto com Santa Catarina e os poucos estados do Nordeste que têm transmissão própria, representam a força da torcida dos clubes do Rio, em especial o Vasco. Vale lembrar que a TV Bandeirantes transmite os jogos do Rio para algumas regiões onde ela não tem direito dos estaduais locais, ampliando ainda mais o alcance. 

3 – O campeonato estadual deste ano de 2016 tem um valor de transmissão de 60 milhões de reais. A TV precisará renovar contrato para o ano que vem, já que o atual se encerra agora. Os paulistas acabaram de renovar por 160 milhões de reais por ano. É óbvio que o nosso campeonato pode chegar, sem dificuldade, a um patamar acima de 100 milhões de reais, o que representará uma boa cota para os grandes num espaço entre janeiro e início de maio, sem gastos com viagens. 

4 – Ao estimular uma competição paralela e ilegal como a Primeira Liga, dois clubes do Rio estão deliberadamente atuando contra os interesses dos demais filiados. Além de fechar espaço para as equipes de médio investimento, que geram empregos no setor, tentam desvalorizar o campeonato apenas por uma disputa de poder. Ao propor torneios com equipes de Minas, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, os dois clubes do Rio estarão garantindo uma exposição nacional a times que não a tem hoje entre janeiro e maio. É um tiro no pé. 

5 – A posição do Vasco fica clara. Não estamos aqui defendendo a Federação. Estamos defendendo um modelo que é bom para o Vasco, garante exposição nacional da marca e ainda incentiva equipes locais a terem atividade no futebol.