O Club de Regatas Vasco da Gama esclarece que:
Nesta terça-feira, dia 29 de janeiro, o Presidente da Diretoria Administrativa do Club de Regatas Vasco da Gama, Alexandre Campello, recebeu uma notificação extrajudicial assinada pelo Presidente do Conselho Fiscal. Antes de qualquer comentário sobre o teor do ofício, é preciso enfatizar que a informação sobre a mencionada notificação, com a reprodução de diversos trechos da minuta, circulava no noticiário desde a véspera. Causa enorme estranheza que o documento tenha chegado primeiro à imprensa do que ao notificado;
Ressalte-se que toda e qualquer comunicação formal entre os Poderes do Clube deve ser feita por intermédio da Secretaria. Portanto, cabe o seguinte questionamento: ciente desta tramitação, por que o Presidente do Conselho Fiscal usou de outro caminho que não as vias oficiais para encaminhar uma notificação ao Presidente da Diretoria Administrativa?;
Diante dos fatos acima relatados, o vazamento da notificação para a imprensa sugere, mais uma vez, o lamentável uso político da prerrogativa de Presidente de um Poder do Clube com o único intuito de tentar desestabilizar a gestão, sem qualquer preocupação com os evidentes danos à imagem da Instituição e tampouco com os riscos a negociações em curso com potenciais patrocinadores e investidores;
Lamentavelmente, o uso político do Conselho Fiscal parece estar se tornando a regra e não a exceção. Logo após o grupo do qual o atual presidente do CF sabidamente faz parte ter deixado a gestão, o referido Conselho chegou a protocolar 20 ofícios à Diretoria Administrativa em menos de um mês, sem qualquer razão plausível para tanto. Tal postura, inclusive, é completamente diversa do ritmo de solicitações referentes ao exercício de 2017, quando a análise do Conselho Fiscal somente foi finalizada ao término do mês de outubro e fazendo uso de apenas duas solicitações em um período de nove meses. Tal discrepância fala por si só.
Esta linha de montagem de ofícios e comunicados sem necessidade efetiva configura a extrapolação dos Poderes pelo Presidente do Conselho Fiscal. A maior parte dos ofícios enviados à Diretoria Administrativa não foi aprovada ou sequer debatida entre os integrantes do CF, conforme pode ser constatado nas atas de reunião do citado órgão, mas se tratou, sim, de uma iniciativa isolada e individual do Presidente do Conselho;
Cabe ressaltar que essa prática do Presidente de agir por todo o Conselho sem anuência dos demais membro, mais uma vez foi utilizada na notificação enviada ao Presidente da Diretoria Administrativa. De acordo com o noticiário, um dos três integrantes do Conselho Fiscal já veio a público dizer que a iniciativa partiu do Presidente do órgão, não sendo, portanto, uma decisão colegiada;
Não obstante a caracterização do uso político da Presidência do CF, a Diretoria Administrativa reitera que tem apresentado documentos e respondido formalmente a todas as solicitações feitas pelo Presidente do mencionado órgão. No momento, está reunindo os últimos documentos referentes a ofícios encaminhados pelo Presidente do CF protocolados no fim de dezembro e início de janeiro, em linha com os princípios de transparência que têm guiado a atual gestão;
O Presidente do CF, no entanto, não parece estar interessado no conteúdo dos documentos remetidos pela Diretoria Administrativa. Recusou-se, por exemplo, a receber os balancetes do terceiro trimestre de 2018, valendo-se de filigranas. Mais uma vez, tomou uma decisão unilateral, sem consultar os demais integrantes do Conselho. Ou seja: ao agir desta maneira, o presidente do CF não desrespeita apenas a Diretoria Administrativa, mas também seus pares de Poder;
A alardeada preocupação do Presidente do Conselho Fiscal com a apresentação das contas do Clube - de fato uma atribuição do seu cargo - não encontra paralelo na realidade dos fatos. Por exemplo, a Diretoria Administrativa colocou à disposição do Conselho Fiscal um dos principais especialistas em contabilidade do estado - primeiro colocado no exame de suficiência do Conselho Regional de Contabilidade do Rio de Janeiro e renomado professor da área. Jamais houve da parte do CF qualquer questionamento técnico sobre os documentos e esclarecimentos apresentados pela Diretoria Administrativa, abalizadas pelo referido profissional;
Mais especificamente em relação a fatos relatados na notificação recebida ontem pelo Presidente da Diretoria Administrativa, os questionamentos feitos pela Presidência do Conselho Fiscal não se justificam. Ainda assim, em respeito a seus Conselheiros, Sócios e torcedores, a Diretoria Administrativa reafirma que a execução orçamentária do ano de 2018 será apresentada em 21 de fevereiro. Por sua vez, as informações relativas à negociação do atleta "Paulinho" estão detalhadamente apresentadas em documentos já enviados ao Conselho Fiscal, assim como a todos os órgãos de controle financeiro e fiscal. O acordo já foi também objeto de análise e aprovação por parte da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Certamente, os Conselheiros, Sócios e torcedores vascaínos sabem identificar quando um Poder ou dirigente do Clube está cumprindo fielmente suas prerrogativas e obrigações ou apenas lança mão de manobras políticas travestidas de ofícios, notificações, comunicados ou qualquer outro expediente rasante. Pode-se afirmar que a imensa maioria dos ofícios do Conselho Fiscal foi respondida, inclusive com o encaminhamento de documentos contábeis além dos solicitados.
Na expectativa de que os esclarecimentos acima tenham dirimido eventuais dúvidas e, sobretudo, reforçado a verdade dos fatos, esta Diretoria Administrativa reitera seu compromisso com um sólido projeto de reestruturação e fortalecimento do Club de Regatas Vasco da Gama.
Diretoria Administrativa