A diretoria do Vasco tem propostas encaminhadas a três jogadores.
Uma pelo atacante Rildo, de 28 anos, que disputou o Brasileiro pelo Coritiba;
Outra pelo argentino Leandro Desábato, de 27, volante do Vélez;
E a última pelo lateral-esquerdo Moiséis, de 22, que foi reserva de Guilherme Arana, do Corinthians.
Como se vê, são ações modestas para um clube que volta à Libertadores após seis anos de ausência _ sua segunda participação do nos últimos 17 anos.
NÃO SÃO operações já sacramentados, mas os nomes indicam a ordem de grandeza dos reforços que o Vasco tem em mente.
E, evidentemente, porque dinheiro não há.
O clube se ajeita e tenta caminhar num padrão de governança familiar.
Mas vive um momento político dos mais conturbados e apresenta dificuldades para fazer novas receitas.
Para se ter ideia, o Conselho Deliberativo se reúne nesta segunda-feira ainda para aprovar as contas do exercício de 2016.
As do exercício de 2017 serão apreciadas pelo Conselho Fiscal, talvez em março do próximo ano.
NA ÚLTIMA semana do ano, a diretoria apresentará o esboço do orçamento para 2018 e a expectativa é grande.
No ano passado, Eurico Miranda orçou R$ 262 milhões em receitas para 2017.
Estimava a entrada de R$ 25 milhões em patrocínios.
Mais R$ 22 milhões em venda de jogadores.
E outros R$ 13 milhões em mecanismo de formação.
Contava, é claro, como muita gente, com a transferência de Phillipe Coutinho do Liverpool para o Barcelona, que acabou não acontecendo.
A peça falava também em R$ 10 milhões em premiações e R$ 13 milhões de receitas em esportes olímpicos.
NÃO TENHO os números oficiais da contabilidade do clube, mas suponho que a única variável a ter atingido a meta foi o ítem referente à venda de jogadores.
O Vasco faturou R$ 49 milhões com a negociação de Douglas ao Manchester City, e R$ 10 milhões com a ida de Luan para o Palmeiras.
Ainda que tenha repartido algo com agentes dos jogadores, os R$ 59 milhões mais do que dobram os 22 estimados.
NOS DEMAIS ítens (patrocínio, mecanismo, premiações e nos esportes olímpicos) não creio que o clube tenha obtido êxito.
Portanto, sua torcida não deve alimentar expectativa por jogadores consagrados.
Talvez por isso, a saída de Nenê, abrindo espaço para a chegada de um meia mais jovem, seja um bom negócio.
Mais do que isso: pode ser a saída para a chegada de reforços de maior e peso e qualidade...