Vasco e ABC ficaram no 0 a 0 na semana passada. Nessa partida, não foram só os gols que faltaram. Quem também não esteve em campo foi Felipe, já que o meia estava machucado. Mas, nesta quarta-feira, ele tem presença garantida, a fim de ajudar o Vasco a avançar na Copa do Brasil. Um título que o jogador e o clube não têm.
Não por Felipe ser menos vitorioso que os demais ídolos vascaínos. Pelo contrário, o currículo dele com a camisa cruz-maltina é extenso. Ao todo ele conquistou dois brasileiros, um carioca, um Rio-São Paulo, Mercosul e Taça Libertadores. Em nenhum outro clube, o meia foi tantas vezes campeão. Nenhum outro lugar pode chamar de casa. Afinal, onde mais na infância jogaria futebol de botão com os amigos, entre eles Pedrinho, também ídolo na Colina?
Um dia Felipe saiu de São Januário e rodou o mundo. Jogou no Palmeiras, Atlético-MG, Galatasaray-TUR, Flamengo, Fluminense e Al-Sadd, do Qatar. Além disso, teve duas passagens pela Seleção Brasileira, incluindo a conquista da Copa América de 2004. Retornou a São Januário para encerrar a carreira.
Duas décadas separam o Felipe do futsal do Felipe experiente, maestro. Mudou a aparência. Não mudaram o encantamento da infância, a ousadia do drible, o jeito moleque do artilheiro do videogame. Quer dizer, ele continua a jogar bola como se estivesse sempre brincando.