As tentativas na busca por um técnico para o lugar de Alberto Valentim, demitido no dia 21, mostram que o Vasco tem um perfil definido para o cargo, pelo menos até agora. Um profissional mais rodado, que seja experiente em termos de vestiário, mas que não tenha a pecha de ultrapassado. Dentro desses requisitos, Dunga, ex-seleção brasileira, é a bola da vez.
O interesse do clube, noticiado inicialmente pelo “Globoesporte.com”, cresceu após o fracasso nas investidas anteriores, direcionadas a treinadores com características semelhantes. Foram procurados ao menos três: o português Jorge Jesus, Dorival Júnior e o uruguaio Diego Aguirre. Todos recusaram.
Em comum entre eles, além do perfil, o fato de estarem em patamar salarial acima da capacidade vascaína — obstáculo em que a diretoria tem esbarrado. Com dificuldades financeiras, o Vasco se esforça para não estourar o orçamento, o que restringe suas possibilidades.
Internamente, cresce a sensação de que o interino Marcos Valadares ainda não está pronto para assumir o time de forma definitiva. O técnico do sub-20 soma uma vitória na Copa do Brasil e duas derrotas do Brasileiro, com direito a lanterna na tabela. Entre alguns jogadores mais experientes, existe a ideia de que Valadares ainda está preso a uma mentalidade de trabalho para a base.
Neste sábado, ele terá nova pedreira pela frente: o Corinthians, na Arena da Amazônia.