Futebol

Vasco não mudou sua filosofia de trabalho no Brasileirão 2011

Uma cultura criticada, muitas vezes apontada como culpada por desempenho ruins, parece estar perdendo espaço. A famosa dança das cadeiras dos treinadores, comum no Campeonato Brasileiro, tem diminuído ao longo dos anos. De 2003 para cá, quando 41 trocas foram feitas no comando do time (levando-se em consideração demissões e saídas por opção dos técnicos), a mudança foi brusca. Neste ano, a cinco rodadas do fim, foram 19, o menor número na era dos pontos corridos - em 2010 o número aumentou, mas, naquele ano, cinco times trocaram o comando antes da paralisação para a Copa do Mundo da África do Sul, na sétima rodada, tendo tempo para realizar um longo período de preparação.

Para se ter uma ideia, os seis primeiros times na tabela da Série A não trocaram seus técnicos. O Vasco, por conta do acidente vascular cerebral de Ricardo Gomes em agosto, hoje é comandado por Cristóvão Borges. No caso do Fluminense, também não foi contabilizada a mudança, já que o clube já havia acertado com Abel Braga, que assumiu na quarta rodada.

 - Eu acho que a mentalidade esté mudando, sim. E isso é bom para o clube, que permite ao teinador dar continuidade ao trabalho e não precisa pagar três ou quatro rescisões. Se você olhar o caso do Atlético-MG: hoje está bem, mas tiveram um tempo com Cuca sem ganhar e o seguraram. Não adianta trocar. Às vezes o time não encaixa, o lado psicológico fica abalado, mas é preciso ter calma. Em algumas circunstâncias é preciso fazer a troca, mas isso não deve ser constante - disse o técnico Jorginho, sexto colocado com o Figureirense.

O Coritiba, por exemplo, segurou Ney Franco mesmo após o rebaixamento em 2009. Em 2010, voltou à elite com Ney no comando. Com uma proposta para divisões inferiores da Seleção, ele foi substituído por Marcelo Oliveira, treinador atual. Superitendente de futebol do Coxa, Felipe Ximenes, porém, acredita que este não seja o único caminho para o sucesso:

- Eu não acredito em fórmula mágica para sucesso no futebol. Se você buscar no histórico vai encontrar algum time que trocou muito e foi campeão. Eu penso que resultado a médio e longo prazo, com mais tempo no clube e mais condições, o treinador tende a desempenhar um bom trabalho. Mas o futebol tem muitas variáveis.

Ao todo, nove equipes ainda não mudaram o treinador: Botafogo, Corinthians, Coritiba, Figueirense, Flamengo Fluminense, Palmeiras, Santos e Vasco. Os clubes de menor investimento são maioria nas trocas até então. Para Jorginho, isso tem uma explicação:

- Times menores, quando estão em fase ruim, geralmente estão na zona de rebaixamento. E, como está na zona, acontece a troca com mais frequência.

Trocas para pior?


A posição na tabela muitas vezes é a justificativa para a troca. Mas em alguns casos ela torna-se inexplicável se comparada com a atual situação dos clubes. É o caso de Joel Santana no Cruzeiro. Ele ficou na Toca da Raposa da sexta a 20ª rodada e deixou o time em 11º, com 53,3% de aproveitamento. Em seguida, Emerson Ávila teve míseros 13,3%, e Vagner Mancini tem 23,8%. Não à toa, os mineiros estão na zona de rebaixamento, com 34 pontos, na 17ª colocação.

Caso parecido aconteceu no São Paulo, que tinha 62% com Paulo César Carpegiani, que deixou o time em terceiro, e 45% com Adilson Batista, sexto colocado antes da demissão.

Mas em alguns casos a mudança surtiu efeito. Joel Santana, por exemplo, teve uma pequena melhora em relação a René Simões no Bahia (a equipe subiu de 16º para 15º). Mais sigficativo, porém, é o Atlético-GO. Hélio dos Anjos pegou o time desacreditado, em 15º. Com 50% desde então, o time subiu para 12º, com boas chances de garantir vaga na Copa Sul-Americana do ano que vem.

Veja a tabela de trocas dos treinador neste ano. Só foi contabilizado o aproveitamento de técnicos com, ao menos, cinco jogo:

 

 

Fonte: ge
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    Vasco Vasco 1
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    Vasco Vasco
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    Vasco Vasco
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    Vasco Vasco
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