Resumo da notícia
Jogadores como Rossi, Richard e Danilo Barcelos estão somente emprestados até dezembro deste ano
Fredy Guarín ficará livre e, a princípio, tem o projeto pessoal de se transferir para os Estados Unidos
Alguns outros casos serão de mais fácil solução para a diretoria do Vasco
O elenco que praticamente garantiu o Vasco na Série A do Campeonato Brasileiro ainda não está garantido para 2020. Ao fim desta temporada, 15 contratos acabam. E muitos dos jogadores que assinaram esses acordos são titulares ou peças importantes do elenco. Até mesmo o treinador, Vanderlei Luxemburgo, terá seu vínculo terminado.
Destes 15, sete atletas estão no clube por empréstimo. Os demais ficam livres, mas cada um com uma particularidade. Isso indica que a diretoria terá muito trabalho neste fim de ano. Veja o cenário:
Os emprestados
Os oito emprestados com término de contrato ao fim de 2019 são Sidão (goleiro - Goiás), Cáceres (lateral direito - Cerro Porteño/PAR), Danilo Barcelos (lateral esquerdo - Atlético-MG), Fellipe Bastos (volante - Corinthians), Richard (volante - Corinthians), Valdívia (meia - Internacional), Clayton (atacante - Atlético-MG) e Rossi (atacante - Shenzhen/CHN).
Destes, três estão bem avaliados e são considerados titulares: Rossi, Richard e Danilo Barcelos.
Os dois primeiros são os casos mais complicados. Rossi, que anda prestigiado com a torcida, a princípio só permanece mediante pagamento de uma multa rescisória considerada alta. Como a situação do Vasco não permite este investimento, o clube terá que tentar negociar um novo empréstimo, algo difícil de ser aceito pelos chineses, já que, segundo o próprio atacante disse ao UOL Esporte, eles fazem jogo duro.
Já Richard conseguiu a tão desejada sequência no Cruzmaltino — algo que não tinha no Corinthians — e seu aproveitamento no clube paulista dependerá do novo treinador para 2020: Tiago Nunes, ex-Athletico-PR.
Danilo Barcelos tem a situação mais fácil, já que o Atlético-MG já o havia emprestado outras vezes antes do Vasco.
Clayton ainda não se destacou em São Januário e sua permanência é improvável, assim como a de Valdívia, que chegou cercado de expectativa e não tem sido aproveitado.
Há ainda o caso de Fellipe Bastos, que está emprestado pelo Corinthians. O volante, porém, também terá seu contrato encerrado ao fim do ano com o clube paulista e ficará livre.
Os que ficam livres
Os jogadores que terão os vínculos terminados em dezembro são Fredy Guarín (volante), Oswaldo Henríquez (zagueiro), Felipe Ferreira (meia), Marquinho (meia), Kaio Magno (atacante) e Bruno Ritter (volante).
Guarín tem o desejo de se transferir para os Estados Unidos como projeto de vida, mas tem gostado de atuar pelo Vasco e de morar no Rio de Janeiro. A diretoria tem o desejo de que o colombiano continue e conversas acontecerão em breve para tratar do assunto.
Oswaldo Henríquez evoluiu muito com Luxemburgo, tornou-se titular absoluto e o Vasco quer sua renovação, mas ainda não se reuniu para debater sobre o tema. "Primeiro temos objetivos a cumprir, depois falaremos disso", disse o zagueiro, em entrevista coletiva antes do jogo contra o Flamengo.
Após sair do CRB via Justiça de Trabalho, Felipe Ferreira chegou ao Vasco e tem feito boas atuações. Sua continuidade não deverá ser problema.
Marquinho e Bruno Ritter não têm sido aproveitados, sendo que o volante sequer tem treinado com o elenco. A permanência deles em 2020 é improvável.
Kaio Magno ainda não estreou no profissional, embora treine com o grupo. O atacante, porém, é irmão do badalado Talles Magno e também é empresariado por Carlos Leite, antigo parceiro comercial do Vasco. Como o clube está em vias de renovar o contrato com Talles, Kaio poderá ser beneficiado no pacote.
Vanderlei Luxemburgo
O treinador é apontado como a principal figura para a guinada do Vasco no Campeonato Brasileiro, uma vez que pegou o time na lanterna, praticamente o livrou do rebaixamento e agora almeja coisas maiores na competição. O desempenho tático no histórico empate em 4 a 4 com o Flamengo o valorizou ainda mais e sua renovação é vista como prioritária pela diretoria.
Embora esteja feliz no Cruzmaltino, Luxemburgo condiciona sua continuidade à promessa do presidente vascaíno, Alexandre Campello, de quitar todas as dívidas com elenco e funcionários antes que eles entrem de férias. Além disso, o experiente treinador deverá receber propostas de outras equipes.