O Vasco da Gama quer voltar a ser uma potência olímpica. É o que diz o vice de esportes olímpicos do clube, José Pinto Monteiro, no vídeo acima. Pelo visto, dessa vez, o projeto é sério. Ao contrário do que se viu nos idos de 2000, quando o clube investia pesado no esporte considerado amador, mas sem um projeto de longo prazo.
Em 1999, o investimento inicial foi de R$ 17,8 milhões (três vezes mais do que o governo federal cedeu ao esporte no mesmo período). No ano seguinte, com os jogos de Sidney, o capital injetado chegou a R$ 30 milhões, mais do que o dinheiro gasto pelo COB, que ficou nos R$ 23 milhões.
Na ocasião, dos 83 atletas que o clube mandou para a Olimpíada, 19 voltaram com medalha. Mas o investimento, que cobriu mais de 30 modalidades, e teve nomes como Adriana Behar e Shelda, e a judoca Vânia Ishii, secou. E o projeto ruiu. Nem preciso dizer quem era o mandatário do Vasco na época
Hoje, os tempos são outros. E melhores. O clube vem em processo de reestruturação, com a volta para a elite do futebol, e, agora, quer investir novamente no esporte amador. Aos poucos, sem megalomanias. Quer ser pioneiro no esporte paraolímpico. Já tem um nome de peso como Mauro Brasil, na natação. Vai apostar na acessibilidade, facilitando a locomoção dentro do clube. Tudo com a ajuda do atual patrocinador, a Eletrobrás.
E vem mais, com o futebol de sete. O clube vai participar do Mundialito em Portugal, competição recohecida pela Fifa. O Vasco irá com três equipes (infantis, escolas e pré-escolas), e vai concorrer com gigantes, como Porto, Sporting e Benfica (Portugal), Milan e Juventus (Itália), Real Madrid, Valencia, Sevilla e Atlético de Madrid (Espanha), Ajax (Holanda), América do México, entre outros.
São passos importantes em um período onde o esporte olímpico e paraolimpico têm tudo para receberem mais atenção. E sem devaneios de grandeza, como foi no passado. Ouso a dizer que, desde a volta para a primeira divisão, foi o gol mais importante que o Vasco fez. Como José Pinto Monteiro falou acima, o esporte paraolimpico não é a cereja, e sim, a receita do bolo. E, bem fermentado, ele vai crescer e ser repartido com o Brasil.
PS: a galera pede e, em breve, mais informações sobre o futebol feminino. Igualmente em breve, responderei os comentários de vocês. Obrigado pelo carinho!