Poucas horas depois da publicação da manifestação do Flamengo, o Vasco juntou sua réplica no processo em que briga para levar para o Maracanã o jogo contra o Sport, no dia 3 de julho, em partida válida pela 16ª rodada da Série B do Brasileirão.
Os clubes travam uma guerra de narrativas na ação que corre na 51ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). A expectativa é de que o juiz Alessandro Oliveira Félix em breve dê sua sentença em primeira instância - ou seja, ainda caberá recurso.
Na petição juntada ao processo na tarde desta segunda-feira, o Vasco destacou um trecho do Termo de Permissão de Uso do Maracanã que diz que o permissionário "gerirá a operação e manutenção de forma a sediar a maior quantidade de partidas de futebol de primeira linha no estádio durante a vigência da permissão".
O clube voltou a reforçar a obrigação contratual da isonomia no tratamento aos clubes do Rio e citou o ofício elaborado pela Casa Civil do Estado do Rio de Janeiro que dá razão ao Vasco. "(O documento) atesta que a negativa de locação do bem público ao CRVG é injustificada", escreveu a defesa vascaína no processo.
Sobre o laudo da empresa que cuida do gramado do Maracanã, dizendo que a realização da partida do Sport pode acarretar em prejuízo ao campo, o Vasco respondeu: "É evidente que para a empresa que cuida do gramado, quantos menos jogos melhor, eis que o tratamento do gramado será - por óbvio - mais simples".
E concluiu:
"Apesar de tentar fazer crer na opinião pública, o Estádio do Maracanã não é do réu Flamengo. Ele tem apenas uma permissão precária de uso e com ela o dever de permitir os demais clubes do Rio de Janeiro utilizá-lo, alugando-o".