No início do lançamento da terceira camisa do Vasco, evento que aconteceu nesta quinta-feira (24/03), na sede náutica da Lagoa, o clube promoveu um simpósio sobre racismo no futebol, ministrado por historiadores e especialistas no tema.
Os palestrantes falaram sobre a história do Vasco contra o racismo, fazendo alusão a trajetória dos 12 jogadores negros de 1924, que foram impedidos de jogar naquela época, pois o esporte estava restrito apenas à elite.
O vice presidente de relações especilaizadas João Ernesto falou sobre a importância do debate.
- Vivemos um momento muito importante no lançamento da nova camisa, porque falamos sobre a redemocratização do Vasco e escutamos depoimentos fantásticos. O Vasco muito além da glória esportiva, conquistou a luta pela desigualdade social. Sofremos isso no passado porque nosso time tinha negros, mulatos e até analfabetos. Jogamos a segunda divisão do futebol do Rio de Janeiro em 1922 e conquistamos o título. Jogamos a primeira divisão em 1923 e também conquistamos o título. Nossas conquistas representaram uma ameaça para muitos e por isso surgiu aquela restição contra nossos jogadores em 1924. Conseguimos mostrar no simpósio nossa redemocratização no futebol que até então era só para os ricos - disse João Ernesto com exclusividade ao site oficial.
A mesa de cerimônia foi formada pelo vice presidente de relações especializadas do Vasco, João Ernesto, professor da UERJ Ricardo Pinto, presidente da Fundação Palmares e ex ministro da Igualdade Racial Eloi Ferreira, professor Mauricio Mourad, do deputado federal Edmilson Valemtim e o conselheiro do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial Márcio Alexandre Martins Gualberto, que compareceu representando a ministra da IgualdadeRacial Luisa Barros.