O que houve com o sentimento que não deveria parar? Há algum tempo a relação entre o Vasco e a torcida está estremecida e o amor que empurrou o time durante a campanha vitoriosa na Série B, em 2009, e na Copa do Brasil, ano passado, se transformou em insatisfação.
São Januário há algum tempo não recebe ótimo público e, com a saída do time no G-4, o caldeirão esfriou. Hoje, às 20h30, a situação pode mudar. Os jogadores pediram trégua, a diretoria reduziu o preço dos ingressos e todos no clube contam de novo com o 12º jogador diante do Internacional.
A vitória aproximará o Gigante da Colina do São Paulo, quarto colocado. A diferença, que atualmente é de cinco pontos, cairá para apenas dois. Por isso, vale tudo para o time do técnico Marcelo Oliveira conseguir superar o Colorado logo mais. Os ingressos tiveram um desconto de até 50% e os jogadores convocaram os vascaínos. No entanto, os torcedores ainda não se mostraram animados e apenas 1.136 entradas foram vendidas até ontem.
São Januário sempre foi um caldeirão e tem de ser a casa dos vascaínos nesse momento. Lógico que com a queda do time a média de presença caiu um pouco, pois a torcida ficou chateada. Mas os jogadores não vão ficar abatidos e vamos entrar em campo para mostrar que somos fortes em casa, afirmou Nilton, acrescentando: Quero muito que os torcedores compareçam para nos empurrar. A gente precisa deles, completou.
A queda dentro de campo tem se refletido fora das quatro linhas. Com três derrotas consecutivas e fora do G-4, o Vasco viu sua arquibancada esvaziar com o passar das partidas. Desde a 14ª rodada, no empate em 0 a 0 com o Corinthians, por exemplo, não se registra mais de dez mil pagantes no estádio. No ranking de média de público, o clube é apenas o 16º no Brasileirão.
O volante Wendel, entretanto, acredita que time e torcida podem jogar juntos novamente. Contamos com os torcedores e espero que eles tenham paciência e nos empurrem até o fim. Dentro de campo, vamos fazer de tudo para vencer, prometeu.