O Vasco estreou no Campeonato Brasileiro com vitória de virada por 2 a 1 sobre o Santos, na noite deste domingo em São Januário. E Fábio Carille aprovou o poder de reação da equipe, mas não sem levar sustos. O técnico, que já destacou anteriormente o abalo psicológico do time quando leva gol, disse que a equipe passou a errar muito quando saiu arás do placar e viu a arquibancada ficar impaciente. Por isso fez um apelo aos torcedores:
- Me preocupou muito depois que tomou o gol, porque a gente começou a errar muito, né? Temos que entender a impaciência da torcida, mas que eles apoiem o tempo todo. Vai apoiar só na vitória? Vem e apoia porque a gente está trabalhando muito sério aqui com os atletas. É muito fácil apoiar só quando está ganhando. Mas foi fundamental o torcedor vir nos apoiar, nos ajudar, mas é algo que eu peço aqui: ajuda até nos momentos difíceis. É o 12º jogador nosso, eu sei o quanto é ruim jogar aqui com a torcida a favor nossa. Já passei essa experiência algumas vezes como auxiliar, como técnico e até mesmo como jogador. Muito feliz, casa cheia, muito gostoso vivenciar esses momentos. Mas que independentemente do resultado ou se a gente estiver jogando bem, apoie. Porque a gente começou a errar muito depois que tomou o gol, (errar) passes simples.
O Vasco voltou melhor no segundo tempo e conseguiu a virada com gols de Nuno Moreira e Vegetti. E Carille disse que não precisou mudar nada da parte tática no intervalo, só passar confiança:
- O que eu mais falei no intervalo: "Quem comanda a nossa cabeça somos nós mesmos dentro de campo". Tática (falei) nada porque estava um jogo igual, chances para os dois lados iguais, imagino eu. Um jogo grande, como é o Campeonato Brasileiro. É normal tomar gol. Se foi de erro ou não, é normal tomar gol. Mas a gente tem que continuar concentrado e principalmente, individualmente falando da parte técnica, o simples tem que fazer bem feito. Senão, a impaciência do torcedor aumenta e o nosso nervosismo dentro de campo também. Isso já não é de hoje, já é de anos, é o que eu escuto das pessoas que trabalham no Vasco. Então, nessa hora eu não tenho que gritar nada no intervalo, e sim acalmar e trazer principalmente a situação de quem comanda a nossa cabeça somos nós. O torcedor não entra dentro de campo para tomar decisão. Temos que acertar e continuar fazendo o que estava planejado desde o início, independentemente de estar perdendo ou não.