A tendência é que a efetivação de Felipe não seja considerada para agora

Após a demissão de Fábio Carille, o comando técnico do Vasco terá um rosto conhecido dos torcedores vascaínos: Felipe "Maestro", que assume o cargo interinamente pela segunda vez. Diretor técnico do clube e braço direito de Pedrinho, o executivo já manifestou o desejo de ser treinador do clube no futuro, mas a tendência é que sua efetivação ainda não seja considerada para este momento. Fernando Diniz é o favorito do presidente para ser o novo técnico vascaíno.

Após a derrota por 1 a 0 para o Cruzeiro, o presidente Pedrinho comunicou a saída de Carille e agradeceu à disponibilidade do ex-jogador para assumir interinamente. O mandatário revelou que avisou a Felipe sobre a demissão do treinador logo após a decisão, e o executivo aceitou comandar o time até a contratação de um novo técnico.

- Não vou falar nome de treinador, até porque a gente não sabe o que vai acontecer. O Felipe, mais uma vez, agradeço porque é uma decisão muito difícil também para ele. Ele tem uma relação muito amigável com todos os treinadores que passam por aqui. Ele não interfere nessa decisão que eu tomo. Mais uma vez, ele aceita. Falei para ele: "olha, demiti Carille, quero saber se você pode assumir. Se você não puder, vou colocar outro membro da comissão técnica". E ele, prontamente: "não, vou assumir, não tem problema". É ver o dia a dia, ver o trabalho, ele não vai ter tempo para isso. A gente tentou um movimento porque acredita que esse time pode dar mais, por uma questão anímica - disse Pedrinho.

Felipe esteve à frente do cargo interinamente na gestão Pedrinho no fim do ano passado, quando a diretoria optou pela demissão de Rafael Paiva, e comandou o time nas três rodadas finais do Brasileirão. Foram duas vitórias, contra Atlético-MG e Cuiabá, e um empate com o Atlético-GO.

Homem de confiança de Pedrinho, Felipe chegou ao Vasco em junho do ano passado para o cargo de diretor técnico do clube. Antes, acumulou experiências como treinador em times de menor expressão, entre 2017 e o início de 2024.

A primeira aconteceu no Tigres, quando treinou o clube justamente com o auxílio de Pedrinho. A dupla comandou a equipe por sete jogos e pediu demissão após sofrer goleada para a Cabofriense por 4 a 0, em partida válida pela segunda rodada da Taça Guanabara.

Veja o retrospecto da carreira de Felipe:

• Tigres, entre dezembro de 2016 e fevereiro de 2017: 7 jogos, com 1 vitória, 3 empates e 3 derrotas - aproveitamento de 28,5%;
• Bangu, entre abril de 2021 e março de 2022: 29 jogos, com 8 vitórias, 9 empates e 12 derrotas - aproveitamento de 37,9%;
• Confiança-SE, entre abril e junho de 2022: 9 jogos, com 2 vitórias, 3 empates e 4 derrotas - aproveitamento de 33,3%;
• Bangu, entre outubro de 2022 e março de 2023: 11 jogos, com 3 vitórias, 3 empates e 5 derrotas - aproveitamento de 36,3%;
• Volta Redonda, entre novembro de 2023 e fevereiro de 2024: 8 jogos, com 2 vitórias, 2 empates e 4 derrotas - aproveitamento de 33,3%;
• Vasco (interino), entre novembro de 2024 e dezembro de 2024: 3 jogos, com 2 vitórias e 1 empate - aproveitamento de 77,7%.

Desejo de treinar o Vasco no futuro

Em entrevista ao ge, em fevereiro de 2023, quando ainda era treinador do Bangu, Felipe Maestro revelou o desejo de treinar o Vasco no futuro.

- Pretendo em alguns anos buscar o auge da minha carreira. Respeito todos os profissionais, mas não quero ser mais um na profissão. Mergulhei de cabeça, penso em futebol por 24 horas e pretendo ter uma história bacana também como treinador. Pretendo um dia, no futuro, ser treinador do Vasco.

Com Maestro no comando técnico, o Vasco terá pela frente o Operário-PR, na partida de ida da terceira fase da Copa do Brasil, já nesta quinta-feira, às 16h, no estádio Germano Krüger, no Paraná.